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Tricô: Tendência outono/inverno 2023

Charmoso, quentinho, confortável e elegante. O tricô que é item obrigatório da estação, vai estar com tudo neste outono/inverno, com um toque moderno e descolado para os looks. Há alguns anos atrás, era visto como ''roupa de vó/minha avó que fez'', e hoje em dia é estiloso e ganhou vitrines de grandes lojas, passarelas de grifes renomadas, e se tornou o queridinho das mulheres que buscam charme e elegância. Ao falarmos em tricô, vem à mente suéter, cachecol, luvas... Essas tramas são super versáteis e podem surgir em coleções inteiras como casacos, saias e até mesmo vestidos bem elaborados. Vem comigo agora e aqui no Blog Visando Moda e Cia, que eu vou te mostrar inspirações pra lá de chiquérrimas com a peça, e te contar mais sobre a história do tricô! ♥


  • A História do Tricô

O tricô é uma técnica simples (porém, uma das peças mais difíceis de se fazer) com um único fio entrelaçado com duas agulhas a partir de duas variações de pontos, desenvolvendo tramas complexas. Apesar de existirem máquinas com múltiplas agulhas para agilizar o processo, o encantamento pelo método artesanal segue conquistando adeptos através dos séculos.


Você sabia que a sua origem é desconhecida? Mas acredita-se que tenha surgido no Oriente Médio, e depois, viajado por rotas comerciais para diversas regiões. O item de tricô mais antigo já encontrado, é datado entre os séculos 11 e 14 e é um par de meias egípcias feitas de fibra de algodão. Pela complexidade do item, que tinha desenhos coloridos intricados, é uma evidência de que a técnica já vinha sendo aprimorada há alguns anos em roupas, que provavelmente desapareceram com o tempo por serem de fibras perecíveis.

Jaqueta de tricô italiana feita no século 17 / Getty Images

Os primeiros tricôs europeus que se têm notícia datam de cerca de 1275, e tratam-se de detalhadas capas de travesseiros encontradas no túmulo do príncipe espanhol Fernando de La Cerda. Sabe-se também que em toda a Europa, a técnica era restrita à realeza, à igreja e à nobreza. Com as meias de malha se tornando sucesso absoluto na moda no século 16, o tricô se fortaleceu. Os aristocratas preferiam as tramas feitas de seda, pois eram mais delicadas. A essa altura, as peças feitas de lã já haviam se popularizado e até mesmo os mais pobres recorriam a ela para suas roupas de inverno.


Em 1589 foi inventada a primeira máquina de tricô, pelo inglês William Lee. Com isso, teares similares e cada vez mais sofisticados se espalharam pela Europa durante a Revolução Industrial, o que não significou o fim do método artesanal. Chegou a ser deixado de lado comercialmente, mas se tornou um dos principais passatempos das mulheres vitorianas das classes mais baixas.


Durante as guerras mundiais, os governos tornaram a tricotar um ato patriótico com o objetivo de aquecer os soldados nas trincheiras, massificando a prática. Nos anos 1950, a técnica passou a ser ensinada nas escolas para meninas, e pouco tempo depois, surgiram revistas especializadas em ensinar o ofício. Nas décadas seguintes, o tricô ficou marcado como um hobby popular entre os mais velhos, daí a visão de que era ''roupa de vó/minha avó que fez''.


Curiosamente, foi o crescimento da internet no século 21, atrelado ao forte interesse por artesanato DIY, nos últimos anos, que motivou as pessoas a se apaixonarem por essa arte e abraçarem sua prática.


  • A Valorização do Tricô na Moda

A estilista Elsa Schiaparelli foi a responsável por introduzir o tricô na alta-costura. Nos anos 1930, seu pulôver tricotado à mão, com um laço de marinheiro em trompe l'oeil no pescoço, foi o ponto de virada na carreira da italiana e transformou o tricô com pegada esportiva em desejo absoluto na época. A própria designer passou alguns anos se dedicando a esse nicho, produzindo maiôs, roupas de sky e macacão de praia. Com isso vemos que o tricô não é usado somente no inverno.

Tricô esportivo de inverno assinado por Elsa Schiaparelli em 1934 / Getty Images

Em 1968, a estilista francesa Sonia Rykiel abriu sua primeira loja em Paris, com foco em peças de tricô (na época, a técnica vinha sendo pouco valorizada por sua associação aos períodos de crise econômica), com modelagens minimalistas, padronagens coloridas e tramas inovadoras, consquistando musas como a Bonequinha de Luxo - Audrey Repburn, Brigitte Bardot, Catherine Deneuve, e consequentemente, o mundo todo.


Seu trabalho estabeleceu uma nova maneira das mulheres se vestirem, libertando-as dos blazers e roupas estruturadas, e contribuiu para a valorização do prêt-à-porter. A estilista ficou conhecida merecidamente como a ''rainha do tricô'' por torná-lo cool novamente e saber explorar ao máximo sua versatilidade.

Desfile da Sonia Rykiel em 1985 / Getty Images

  • Inspirações

Desde os modelos mais variados, leves e finos, mais grossos e pesados, com pontos e nós diferenciados que vão desde o animal print à cropped style, o tricô é versátil, transita super bem desde o cineminha ao escritório, pode ser levado na bolsa para tardes mais frias, e vai fazer muito sucesso neste outono/inverno. Agora que você já sabe a história do tricô e sua valorização na moda, confira algumas inspirações com o queridinho também de nós fashionistas:

Nathália Farias com suéter em tricô rosê

Nathália Farias com suéter em tricô

Blogueira e Estilista Nathália Farias



























Me conta aqui nos comentários se você assim como eu também é apaixonada em tricô, e também vai usar muito neste inverno! Ah, não se esqueça de compartilhar nas redes sociais. Beijos Visionárias!


 
 
 

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